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Instituto Estadual de Florestas - IEF

Conexão Mata Atlântica realiza webinar sobre estoque de carbono

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Foto: IEF / Divulgação

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O analista ambiental do IEF e coordenador do Programa Conexão Mata Atlântica, Marcelo Araki falou sobre “estoque de carbono” sua fixação pelas florestas e pelo solo por meio do plantio de árvores e os benefícios para as mudanças climáticas

 

 

Na tarde do dia 11 de agosto o Projeto Conexão Mata Atlântica promoveu o webinar“ O que é estoque de carbono”, com a participação do analista ambiental do IEF e coordenador do Conexão Mata Atlântica em MG, Marcelo Araki, e do técnico da The NatureConservancy Brasil (TNC), Leonardo Ivo. O webinar, que apresentou uma rica troca de experiências com informações para quem quer entender como pode se beneficiar com ações ligadas ao tema, foi transmitido pelo Instituto Estadual de Florestas - Regional Zona da Mata (IEF Mata).

 

Marcelo Araki, no início do webinar, contou que o Projeto Conexão Mata Atlântica visa o aumento de estoque de carbono na bacia do Rio Paraíba do Sul, que é muito importante para os estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. E, para essa questão, não importam muito os tipos de espécies - se exóticas ou nativas - com que são feitos os replantios para recuperar áreas degradadas. “Para o produtor é muito interessante, porque ele não tem mais a sensação de estar perdendo aquela área. Ao mesmo tempo em que ele faz a restauração ambiental, ele tem um ganho econômico, ele consegue tirar dali frutas, sementes e madeira, caso faça um plantio consorciado de eucaliptos”, explicou.

 

“Muitas vezes as pessoas que moram em cidades grandes acham que o estoque de carbono não influencia, mas muito pelo contrário: o efeito estufa descontrolado pelo desequilíbrio de carbono que se encontra na atmosfera torna o clima mais quente e esse é um grande problema, que pode trazer uma desertificação muito grande para os continentes. O que não costumamos levar em consideração é que tudo o que consumimos de bens – seja um carro, um celular ou um alimento – gera carbono pelos processos que os produtos têm na indústria e nos deslocamentos, utilizando combustíveis fósseis em sua produção e/ou em seu transporte”, completou Araki.

 

Leonardo Ivo falou que o TNC trabalha principalmente em duas dimensões, a primeira delas a de empoderar a administração municipal com apoio das prefeituras locais via conhecimento e práticas para melhorar as condições ambientais dos municípios. E nisso o carbono é o instrumento que possibilita a água limpa e potável na propriedade rural. A segunda dimensão é a operacionalização para a boa aplicação dos fundos e do ICMS Ecológico. “Em uma ponta existe o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) que tem como instrumento econômico o carbono, e buscamos sempre trazer benefícios ao produtor rural por meio do PSA. Se ele presta um serviço que extrapola o benefício de sua propriedade – para uma comunidade ou seu município como um todo –, é justo que ele receba recursos por esse trabalho”, informou o técnico.

 

“As emissões de carbono no mundo aumentaram em 20% nos últimos dez anos. Temos hoje um total de 36 milhões de toneladas de carbono emitidas no planeta”, alertou. “Algumas das grandes empresas, que têm ações nas bolsas e foram cobradas quanto às suas emissões, precisaram tomar providências no sentido de produzir relatórios de emissão de carbono e apresentar medidas para diminui-las. Muitas vezes elas recorrem ao mercado e a quem pode sequestrar carbono para que possam fazer essa compensação e neutralizar parte de suas emissões. Desse modo, o produtor rural que queira fazer sua adequação ambiental pode, por meio do instrumento econômico do carbono, conduzir uma regeneração em suas propriedades e áreas adjacentes”, completou o técnico da TNC.

 

Marcelo Akaki lembrou que o papel dos técnicos junto aos produtores ruraisé fundamental. “Quando estamos no meio do processo e os produtores ao redor veem as coisas funcionando, e que aquilo é um benefício muito grande, a procura aumenta muito. Se o proprietário não se sentir engajado e não abraçar a causa, é uma diferença muito grande do que podemos ter de sucesso e insucesso no projeto”, apontou Akaki.

 

“E o produtor entusiasmado é um aliado nosso, porque ele é capaz de convencer outros produtores mais do que nós mesmos”, completou Leonardo Ivo.

 

O webinar completo pode ser assistido por meio do link https://youtu.be/z1wQXj-HkeE

 

Agência Libris

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