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Instituto Estadual de Florestas - IEF

Projeto de recuperação de áreas degradadas é implantado no Parque Estadual Caminho dos Gerais

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Divulgação Sisema

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Projeto de restauração de áreas utiliza espécies nativas de ocorrência nos ecossistemas do local

 

Um projeto de restauração de áreas está em curso no Parque Estadual Caminho dos Gerais, no Norte de Minas. O trabalho na unidade de conservação, administrada pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF), pretende recuperar 85,4 hectares em ecossistemas degradados pela atividade de silvicultura com manejo deficiente, dentre outras causas. A ação teve início em 2020 e prevê um investimento de R$ 2,7 milhões, com duração de 36 meses para execução.

 

O projeto tem o apoio do Ministério do Meio Ambiente (MMA), do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), além da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento e Pesquisa (Fadenor), que vem implementando o Plano de Recuperação de Áreas Degradadas no âmbito do projeto “Estratégias de Conservação, Restauração e Manejo para a Biodiversidade da Caatinga, Pampa e Pantanal”, o GEF-Terrestre.

 

Segundo o gerente do parque, Alessandre Custódio Jorge, estão sendo adotadas medidas físicas (barraginhas, paliçadas) e medidas biológicas (plantio de mudas, sementes) de espécies nativas de ocorrência nos ecossistemas locais: Pequi, Angiquim, Pau-Santo, dentre outras.

 

O projeto prevê a contratação de moradores do entorno e o envolvimento comunitário. Nos anos de 2020 e 2021 foram contratados 17 moradores para realizar trabalho temporário de plantio em 35ha. “O projeto prevê o plantio de 75 hectares de cerrado stricto sensu, 10 de APP (Áreas de Preservação Permanente) e 0.4 áreas de cascalheiras”, explica. A previsão de término das atividades é março de 2023.

 

Alessandre Custódio ressalta, ainda, que o Projeto tem cunho científico, com o desenvolvimento de 12 linhas de pesquisa para compor modelos de restauração/recuperação e seus impactos. “Existe a possibilidade de que o trabalho sirva como base de conhecimento para outras áreas adjacentes no parque, já que o plano de recuperação da unidade de conservação aponta 7.316 hectares alterados pela silvicultura”, afirmou.

 

Projeto

 

O GEF-Terrestre é coordenado pelo Governo Federal, e tem como objetivo apoiar ações de recuperação da vegetação em Unidades de Conservação e no seu entorno, bem como a elaboração de instrumentos para ampliar a escala e a qualidade da restauração nos biomas Caatinga, Pantanal e Pampa. A iniciativa, conta com o envolvimento de comunidades locais e proprietários do entorno das UCs e tem como parceiros o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ) e órgãos estaduais, no caso de Minas Gerais, o IEF.

 

As estratégias do GEF-Terrestre integram um plano de ação amplo, contando com diferentes instrumentos associados a políticas públicas para a biodiversidade. A consolidação do SNuc incluindo a criação de novas Unidades de Conservação e apoio às já existentes, recuperação da vegetação nativa e Planos de Ação Nacionais para espécies ameaçadas de extinção são alguns dos pontos do plano que merecem destaque. Dentre as linhas de ação contempladas pelo GEF-Terrestre está o “Componente 3 – Recuperação de Áreas Degradadas”, no qual está inserido o Parque Estadual Caminho dos Gerais. 

 

O Parque

 

O Parque Estadual Caminho dos Gerais está localizado nos municípios de Mamonas, Monte Azul, Gameleiras e Espinosa. Foi criado em 2007 e possui 56.237,37 hectares de área. Quatro fatores pesaram para a indicação da área para a implantação do Parque Estadual Caminho dos Gerais: a demanda das populações locais, os qualitativos ambientais, a beleza cênica e o potencial turístico.

 

A expansão da pecuária, agricultura e florestas plantadas de eucalipto, sem o devido cuidado com a conservação dos recursos naturais, gerou forte pressão sobre o ambiente natural, sobretudo nas áreas de chapadas, alterando o ambiente natural, colocando em situação de ameaça de extinção alguns animais e plantas e também ocasionando o desaparecimento dos cursos d'água.

 

O local abriga espécies raras, endêmicas ou ameaçadas de extinção e riqueza de espécies. Na Serra Central, onde se localiza a área da unidade de conservação e suas adjacências foram destacadas áreas de especial à extrema importância biológica nos seguintes grupos: mamíferos, avifauna, anfíbios, répteis, invertebrados e flora. A área também foi apontada como área prioritária para a investigação científica, diante da inexistência de levantamentos biológicos.

 

Emerson Gomes

Ascom/Sisema 

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