Ir para o menu| Ir para Conteúdo| Acessibilidade Alternar Contraste | Maior Constraste| Menor Contraste

Instituto Estadual de Florestas - IEF

Implantação de trilha e realização de oficina marcam avanços do PAT Espinhaço Mineiro

PDFImprimirE-mail

 

Divulgação Sisema

PATinterior

O encontro ocorreu na Serra do Cipó e teve como objetivo avaliar o resultado das ações
 

O Plano de Ação Territorial (PAT) Espinhaço Mineiro segue avançando em Minas com a implementação de várias ações. Uma delas foi a realização da primeira oficina de monitoria, que contou com membros do Grupo de Assessoramento Técnico (GAT), World Wide Fund for Nature (WWF) e Instituto Estadual de Florestas (IEF), além de articuladores e colaboradores das ações, com o objetivo de verificar o andamento da implementação do plano e a entrega dos produtos definidos, bem como realizar ajustes necessários ao planejamento.

 

O evento foi realizado na Serra do Cipó e contou com a presença de 27 participantes, entre servidores do IEF, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO); do WWF, além de acadêmicos, ONGs, representantes da sociedade civil e da Fundação de Parques de Belo Horizonte. Das 27 pessoas, 15 eram articuladores e 12 convidados ou representantes.

 

Com o resultado obtido, por meio da Planilha de Monitoria, foi possível validar o desempenho de cada ação, sendo: 17 ações em andamento no período previsto (verde), 13 ações não iniciadas (vermelho), 10 ações em andamento com problemas de realização (amarelo), 5 ações agrupadas (marrom), 7 ações excluídas (marrom) e 4 ações novas (rosa), conforme o painel de gestão abaixo:

 

AcoesPAT

 

Ainda em setembro, a coordenadora do Núcleo Operacional Projeto Pró-Espécies do projeto por Minas, Gabriela Brito, representou o IEF na “11ª Reunião do Comitê Executivo do Pró-Espécies: Todos contra a Extinção”, com a participação de todas as instituições parceiras.

 

O encontro, que ocorreu em Salvador durante quatro dias, teve como objetivo compartilhar os resultados do trabalho realizado no último semestre, além de estimular novas estratégias de enfrentamento aos desafios que têm surgido. “Considero que foi muito boa a reunião, principalmente a nossa participação, já que conseguimos levar muitos resultados, até mesmo comparando com outros planos que estavam lá”, disse Gabriela.

 

Por votação, a próxima reunião do Comitê Executivo será realizada em janeiro de 2023, em Minas.

 

Resultados

 

Após a publicação do PAT no fim de 2020, não demorou para que ações importantes começassem a sair do papel para mudar a vida das pessoas. Uma delas foi a capacitação de moradores do entorno do Parque Estadual Caminho dos Gerais, localizado nos municípios de Espinosa, Gameleiras, Mamonas e Monte Azul. Na ocasião, a população teve a oportunidade de aprimorar as técnicas de restauração ecológica, voltado para a conservação de espécies ameaçadas.

 

Os restauradores formados foram contratados para o plantio de 85,4 hectares do Projeto Sendas, atuando no Plantio de aproximadamente 6 mil mudas entre fevereiro e abril de 2021, e 25 mil mudas entre novembro de 2021 e março de 2022, sendo que todas as mudas produzidas vieram das coletas dos restauradores do entorno do parque e as mudas produzidas no viveiro da Unimontes de Janaúba, no Norte de Minas. O projeto ainda demarcou e construiu áreas de contenção de voçorocas na região.

 

“Como podemos perceber, uma parte importante do nosso trabalho é realizado diretamente no campo, sendo composto também por expedições com o objetivo de determinarmos áreas de coleta de fauna e interações ecológicas na região do Espinhaço Mineiro. Cabe destacar que até o momento foram realizadas 10 expedições”, destaca Gabriela Brito.

 

Das 10 expedições, cinco foram realizadas visando ao mapeamento e avaliação das espécies da flora ameaçada. Nelas, mais de 1000 espécies da flora foram coletadas e encaminhadas para coleções botânicas e para identificação de taxonomistas. O objetivo das expedições é monitorar as populações encontradas no sentido de buscar material fértil para documentação, cultivo, assim como procurar e registrar novas populações das espécies alvo da região e até mesmo a descoberta de novas espécies.

 

Duas expedições, por sua vez, tiveram como objetivo a fauna local, sendo a primeira visando determinar áreas de coleta de fauna e interações ecológicas na região norte do Espinhaço em Minas Gerais e a segunda encontrar novas subpopulações das espécies Hyphessobrycon veredus e Cyphocharax jagunco, juntamente com a tratativa de um acordo que enfoque a conservação das veredas de Volta da Capoeira, Água Boa, Ribeirão de Areias, entre outras e, consequentemente alavancando as espécies Hyphessobrycon veredus, Cyphocharax jagunco e Simpsonichthys espinhacensis.

 

As expedições restantes permitiram a avaliação dos impactos da mineração de quartzito em espécies raras, endêmicas e ameaçadas e o monitoramento das ações de mudança climática e no impacto do fogo sob a qualidade ambiental de turfeiras associadas a campos limpos e capões de mata.

 

Implantação de trilha

 

Pensando em novos caminhos para as comunidades das diferentes Unidades de Conservação, na geração de renda e na diminuição do impacto sobre ambientes e espécies, foi dado início, em setembro, à ação de apoio para a implantação da trilha regional de longo curso Caminho Saint-Hilaire (CaSHi) na região de Diamantina, Serro e Conceição do Mato Dentro, no estado de Minas Gerais. As primeiras atividades são o refinamento do traçado da trilha (para atender caminhantes e ciclistas) e o georreferenciamento da trilha de ciclistas.

 

O Caminho Saint Hilaire (CaSHi) é uma trilha de longo curso voltada para caminhantes e ciclistas com cerca de 170 km no coração de Minas Gerais, na Serra do Espinhaço Meridional e possui relevância tanto em patrimônio natural, englobando geodiversidade, biodiversidade, quanto em patrimônio histórico, com igrejas e casarios do período colonial, manifestações culturais, folclóricas, ofícios e modos de fazer.

 

Porém, os caminhos percorridos não ficam apenas por cima da terra, já que o território conta também com um complexo enorme de cavernas, destacando a Gruta da Morena, localizada no município de Cordisburgo, na região central de Minas Gerais, situada a 100 km de Belo Horizonte. A Gruta é o local do primeiro registro das espécies-alvo Spinopilar moria e Eukoenenia sagarana, e foi iniciada neste mês a ação de mapear e levantar dados das populações das espécies por meio de dados secundários e de expedições.

 

Durante o trabalho de elaboração do PAT Espinhaço Mineiro, o grupo de trabalho definiu um Mapa Estratégico, composto por uma visão de futuro compartilhada sobre os impactos positivos almejados para o território até o final de 2025, portanto, há muito trabalho a ser feito e o planejamento para os próximos meses está a todo vapor. Lembrando que a conservação deste importante território envolve o esforço dos atores locais.

 

Tecnologia e desafios

 

Alinhado com os conceitos mais modernos da tecnologia, o PAT Espinhaço Mineiro adquiriu um grande servidor, responsável por abrigar um valiosíssimo banco de dados com informações sobre a flora do território do plano, permitindo diversos tipos e cruzamentos de análises. Foram capacitados 10 municípios do território para elaboração dos Planos Municipais de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica (PMMAs), sendo que quatro deles estão elaborando seus planos e um está com início da elaboração prevista.

 

No entanto, para assegurar a sobrevivência de tantas espécies englobadas no PAT, é preciso enfrentar uma de suas principais ameaças: o fogo. É a ameaça mais recorrente, provocando a morte de animais, danificando nascentes e vegetação e causando a perda de biodiversidade com danos irreversíveis. Por conta disso, uma das ações do plano é propiciar o manejo integrado do fogo em 10 unidades de conservação (federais e estaduais) que abrangem os biomas de transição entre mata atlântica/cerrado e campos rupestres. Para isso, foram adquiridos pelo PAT inúmeros materiais necessários para esse manejo. O IEF (PrevIncêndio), ICMBIO, Ibama e SAVE Brasil também apoiam os trabalhos.

 

PAT Espinhaço Mineiro

 

O PAT Espinhaço Mineiro faz parte dos planos para a conservação de espécies ameaçadas de extinção, atuando dentro do Projeto Pró-Espécies: Todos contra a Extinção, financiado pelo Fundo Mundial para o Meio Ambiente, coordenado pelo Departamento de Espécies do Ministério do Meio Ambiente e implementado pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), sendo o WWF-Brasil a agência executora e o IEF (Instituto Estadual de Florestas - MG) a agência que coordena e executa a implementação de suas ações. Para mais informações, clique no link

 

Ascom/Sisema

IEF|

Rodovia João Paulo II, 4143, Bairro Serra Verde - CEP 31630-900
Todos os direitos reservados - Aspectos legais e responsabilidades