IEF representa Minas em oficina de monitoramento do Plano para Conservação das Aves da Mata Atlântica

Sáb, 09 de Outubro de 2021 14:34

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 Foto: Fazenda Cachoeira/Divulgação 

Credito Fazenda Cachoeira  jacutinga - Aburria jacutinga Dentro

O PAN tem como objetivo desenvolver ações para recuperação e manutenção das populações de aves da Mata Atlântica
 

Minas Gerais integrou as discussões em torno do Plano de Ação Nacional para Conservação das Aves das Aves da Mata Atlântica durante a 5ª Oficina de Monitoria e Avaliação Final do documento. O Estado foi representado pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF) no evento virtual realizado entre 4 e 8 de outubro. Coordenado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o PAN Aves da Mata Atlântica tem como objetivo geral estabelecer e implementar medidas para manutenção e recuperação das populações de aves da Mata Atlântica ameaçadas de extinção.

 

Durante as atividades da oficina, os participantes monitoraram e discutiram a implementação das ações do PAN, bem como os desafios para execução e possíveis medidas para o próximo ciclo de ações. “Além disso, foi feita a avaliação final do Plano, considerando a proximidade do seu término e a necessidade de planejar o novo ciclo”, disse a analista ambiental da Diretoria de Fauna do IEF, Janaína Aguiar, representante do Instituto no evento.

De acordo com a analista, a oficina também avaliou o alcance das metas, além dos fatores associados ao êxito ou às dificuldades de execução das ações, propôs soluções para os problemas e discutiu as orientações das decisões sobre o futuro do PAN. “Minas Gerais contribuiu com os dados referentes às ações executadas, a exemplo das Unidades de Conservação criadas no Bioma Mata Atlântica, ações de fiscalização realizadas e projetos de conservação que têm o apoio do Estado, entre outras informações que compõem a matriz de monitoramento”, disse.

O último dia de oficina foi reservado para a apresentação dos resultados de ações de conservação voltadas a algumas espécies de aves focos do plano como Harpia harpyja (Harpia), Aburria jacutinga (Jacutinga), Sporophila maximiliani (Bicudo) e Crax blumenbachii (Mutum-do-sudeste).

A oficina contou também com a participação de diferentes atores e de representantes de diversos Estados do Brasil, dos membros do Grupo de Assessoramento Técnico (GAT) e outros convidados como: SAVE Brasil, Secretaria de Meio Ambiente São Paulo (Sima/SP), Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia– Inema/BA, Universidade Federal da Paraíba (UFP), Universidade Estadual Paulista (UEP) e Parque das Aves de Foz do Iguaçu, no Paraná.

Plano de Ação Nacional para a Conservação das Aves da Mata Atlântica

O PAN Aves da Mata Atlântica abrange e estabelece estratégias prioritárias de conservação para 104 táxons de aves consideradas ameaçadas de extinção, constantes da Lista Nacional (Portaria MMA nº 444/2014), e estabelece estratégias para conservação de outros 22 táxons categorizados nacionalmente como NT (Quase Ameaçado).

Do total das 1.919 espécies de aves que ocorrem no país, 234 táxons são reconhecidos como espécies da fauna brasileira ameaçadas de extinção. É responsabilidade do governo brasileiro, por intermédio do ICMBio, o desenvolvimento de estratégias para conhecer e proteger esta riqueza, além de recuperar aquelas ameaçadas de extinção por meio de diversas medidas, incluindo a elaboração e execução de planos de ação.

A elaboração do Plano de Ação Nacional para a Conservação das Aves da Mata Atlântica ocorreu em oficina participativa em outubro de 2014, com representação de 25 instituições. O início das ações ocorreu em 2017 e o primeiro ciclo termina em 2021. O PAN tem como visão de futuro “Assegurar a conservação das espécies do PAN Aves da Mata Atlântica em seus habitats, com populações viáveis do ponto de vista genético e demográfico, em até 50 anos”.

Milene Duque
Ascom/Sisema