Parque Estadual da Baleia promove o 1° Encontro Virtual de Monitores Ambientais

Sex, 26 de Junho de 2020 20:35

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Fotos: Ângela Almeida

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Reunião enfocou trabalho realizado por monitores nas unidades de conservação estaduais

 

A Educação Ambiental, o cuidado, a construção coletiva do conhecimento e os desafios durante e pós Covid 19, com foco no uso das mídias sociais, foram debatidos do 1º Encontro Virtual de Monitores Ambientais de Minas Gerais, realizado na manhã desta sexta-feira (26/6) pela plataforma Google Meet. O encontro contou com a participação de gerentes e monitores de algumas unidades de conservação estaduais, além de representantes da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica de Belo Horizonte, da Estação Ecológica da UFMG, mestrandos, entre outros.

 

A reunião foi conduzida pela organizadora do evento, ecóloga e monitora ambiental do Parque Florestal Estadual da Baleia, Amanda Bencupert Silva. A primeira palestra ficou por conta da monitora ambiental e ecóloga do Parque Estadual da Serra do Rola Moça, Sabrina Resende, que relatou sobre a “Educação Ambiental em Tempos de Isolamento Social’. Ela destacou as redes sociais como importantes ferramentas na temática ambiental. Sabrina detalhou sobre as redes usadas no Rola Moça, a divulgação dos trabalhos da unidade e de outras unidades de conservação e as trocas de experiências. Segundo a monitora, durante o período de distanciamento, eles optaram por publicações de datas comemorativas, comunicados e curiosidades.

 

Já Nadja Hemetrio, monitora da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica de Belo Horizonte, contou que em tempos de pandemia estão sendo produzidos pela Fundação livros para colorir, jogos, palavras cruzadas com a temática sobre a natureza, além de informativos sobre a pandemia e pequenos vídeos para postagem no Youtube.

 

Miguel Filho, monitor ambiental no PE Serra Verde, em sua palestra sobre Planejamento Ambiental Pós Covid, disse que “falar de meio ambiente é falar em empatia”, e lembrou dos números alarmantes de pessoas que perderam suas vidas para a Covid 19. Segundo o monitor é difícil falar em pós pandemia “pois não sabemos quando vai passar, mas que já estão se preparando para a volta com a discussão de medidas a serem adotadas como o distanciamento, a obrigatoriedade do uso das máscaras e o agendam neto de horários. Durante a palestra, foi apresentado, também, um vídeo sobre Educomunicação, que aborda o tema da Educação Ambiental nas unidades de conservação situadas na região da Amazônia. Para Miguel, o trabalho do educador ambiental e da defesa do meio ambiente nunca termina.

 

O gerente do PE Serra Verde, André Portugal Santana, palestrou sobre ‘Os Desafios da Educação Ambiental em Unidades de Conservação’. Ele explicou sobre o Programa de Educação Ambiental voltado para a área de ensino. “Nas escolas, a principal motivação para a Educação Ambiental parte da iniciativa dos professores ou grupo de professores, sendo que os principais temas discutidos são sobre água, o lixo, reciclagem, poluição e diversidade”, disse. Ele ainda citou que os principais entraves das escolas são a falta de tempo dos professores para planejar e executar as visitas às unidades de conservação e os materiais para realização das atividades.

 

André comentou, ainda, que a Educomunicação dialoga muito com a interpretação ambiental. “A diversidade de público que procura a unidade se conservação, mais para se divertir, é um desafio para o educador ambiental. Em muitos casos, o visitante está mais voltado para as caminhadas de longo percurso, práticas de esportes como bike e escalada, por isso, é preciso desenvolver estratégias para prender a atenção desse público”, frisou.

 

Amanda Bencupert disse que a ideia principal do encontro de monitores foi o de facilitar a troca de experiências e, desse modo, valorizar e enriquecer as ações que ocorrem em cada unidade de conservação. “O evento surpreendeu pelo número de participantes e Unidades Regionais do IEF presentes e pela diversidade de instituições parceiras”, frisou.

 

Na opinião do engenheiro florestal e coordenador técnico de ações de fomento florestal e educação ambiental do Núcleo de Biodiversidade da URFBio Metropolitana, Daniel Cruz e Silva, “a participação e engajamento dos monitores ambientais, em um momento em que questões sociais e ambientais ganham força, evidencia a importância desses profissionais para as Unidades de Conservação e valoriza a troca de experiências entre as equipes e o processo de aprendizagem institucional, assim como ajuda a responder questões relevantes à sociedade”.

 

Monitoria Ambiental

 

As atividades dos monitores dependem de cada parque. Eles atuam nas Atividades de Educação Ambiental e Turismo e atividades como: atendimentos escolares e de grupos organizados; organização e execução de atividades abertas ao público e aos funcionários, como trilhas guiadas, oficinas e palestras temáticas. Além disso, realizam aulas de campo com turmas de faculdade; manutenção das Redes Sociais com a divulgação de conteúdos educativos; elaboração de material educativo, placas e jogos para visitantes e na realização de blitz educativas. Eles também participam de atividades feitas no entorno como feiras de ciência e ações cívicas, além da organização de intercâmbios em outras Unidades de Conservação para trocas de experiências.

 

Os monitores também participam a gestão de alguns assuntos importantes para as UCs como pesquisas, realização do Relatório Anual, controle de visitação, uso público, reuniões do Conselho consultivo das unidades, produção de mudas, elaboração do Plano Integrado de Prevenção e Combate aos incêndios Florestais, e demais atividades operacionais.

 

A iniciativa do encontro foi da gerência do Parque Florestal Estadual da Baleia e contou com o apoio das gerencias das unidades de conservação; parques Estaduais Serra do Rola-Moça e Serra Verde; Monumento Natural Estadual da Serra da Piedade, além da coordenação técnica de ações de fomento florestal e educação ambiental do Núcleo de Biodiversidade da URFBio Metropolitana.

 

Ângela Almeida
Ascom/Sisema