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Instituto Estadual de Florestas - IEF

Parque Estadual do Rio Preto dá início à construção de novo plano de manejo

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Foto: Evandro Rodney 

Parque Rio Preto trilhas corrego das eguas

A Trilha Córrego das Éguas é uma das mais visitadas e leva à Cachoeira do Crioulo

 

Representantes da sociedade civil e de diferentes instituições, membros do conselho consultivo, servidores e funcionários do Parque Estadual do Rio Preto (PERP) estão reunidos, de 12 a 14/02, em oficina para elaboração de novo plano de manejo da unidade de conservação. O encontro está sendo realizado na sede do parque, que fica no município de São Gonçalo do Rio Preto, no Vale do Jequitinhonha, e é administrado pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF). O objetivo é que a equipe interdisciplinar possa contribuir com diferentes conhecimentos para a construção do atual plano de manejo e que a nova proposta seja fundamenada na metodologia do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

 

O gerente do PERP, Antônio Augusto Tonhão, detalha o porquê da necessidade de outro plano. “O plano existente foi realizado por meio da contratação de profissionais altamente gabaritados. No entanto, a revisão trará um plano mais próximo da realidade atual, no qual a própria sociedade, comunidade acadêmica e o corpo técnico do IEF vão discutir e elaborar um plano de manejo com ações para os próximos 5 anos”, frisou.

 

Antônio Augusto reforçou ainda a expectativa com a construção do plano. “O objetivo é que este seja um plano que atenda às necessidades da unidade de conservação e do seu entorno, por ser elaborado de forma participativa, com a contribuição de todos atores que fazem parte da sociedade civil, associações, moradores do entorno, todos embasados com dados adquiridos ao longo de 25 anos de existência do parque”, disse.

 

Moderador da oficina e funcionário do parque, o analista ambiental do IEF, Rodrigo Zeller, explica que o plano de manejo é a referência principal para as decisões de gestão e de planejamento em uma unidade de conservação (UC). “Para a revisão do plano do Parque Estadual do Rio Preto, publicado originalmente em 2004, o IEF está adaptando a abordagem estratégica baseada em experiências do ICMBio com UCs federais” explicou.

O analista explicou, ainda, que a metodologia já é validada por diversos técnicos do IEF em eventos realizados em Diamantina e no próprio parque. “A metodologia proposta pelo ICMBio é detalhada em roteiro oficializado em 2018, tendo como uma das principais vantagens a oportunidade de integrar e coordenar outros planos mais específicos e decisões, a partir do consenso do que é mais importante acerca da UC”, ponderou.

 

Foto: Divulgação/IEF 

OFICINA MANEJO RIO PRETO

Servidores do IEF, acadêmicos, moradores do entorno do PERP, representantes do Mosaico de Áreas Protegidas do Espinhaço e outros se reuniram para construção do Plano de Manejo 
 

Ao todo, 21 representantes de diferentes setores IEF vão participar efetivamente dos trabalhos de construção do plano. São acadêmicos; comunidades do entorno; representantes do Mosaico de Áreas Protegidas do Espinhaço: Alto Jequitinhonha e Serra do Cabral; além de gestores e dirigentes do IEF. Além destes, a oficina conta também com equipe de moderação, composta por três analistas ambientais do IEF que vão atuar de forma igualitária e dinâmica. “A equipe de moderação atuará de forma isonômica, isso implica que todos devem estar igualmente capacitados e alinhados, cultivando o ambiente de equipe que é fundamental aos trabalhos”, reforçou.

 

Rodrigo Zeller explicou que a realização da oficina é o ponto alto do processo de elaboração do plano de manejo. “A metodologia do ICMBio que será adotada pelo IEF é excelente, prática, objetiva, simples e de fácil compreensão e forma um fio lógico que envolve todos os participantes, independente do seu grau de instrução. Isso permite aos moderadores a facilidade para extração dos diferentes conhecimentos dos participantes, para que possam também se complementarem e se confrontarem”, afirmou.

 

A oficina é também um marco de participação social no processo de implementação da UC, na medida em que as pessoas vão formando consensos e entendendo seus papéis locais. “É um momento de construção coletiva e de união, de fortalecimento de parcerias e também uma oportunidade para debater temas complexos e controversos para buscar soluções reais, que sejam boas para todos e respeitando a legislação vigente”, complementou.

 

A oficina será realizada com trabalhos em plenária, com todos os participantes, e em grupos. A ideia é que o plano de manejo saia praticamente pronto da oficina, somente pendente para revisão e consolidação posterior. “A expectativa é de produzir um plano de manejo robusto, que seja referência de aprendizado e possa ser expandido para outras unidades de conservação de Minas Gerais”, frisou.


VÍDEO INSTITUCIONAL

 

Durante a oficina será apresentado um vídeo institucional do parque, que pretende aperfeiçoar a comunicação entre a instituição e a sociedade, uma das diretrizes da metodologia.

O vídeo traz informações importantes sobre o parque e vai substituir a palestra feita rotineiramente aos visitantes até então. “É uma forma de sensibilizar os visitantes, apresentando as informações de forma mais leve e atraente”, explicou Rodrigo Zeller.

 

Esse trabalho foi realizado com forte mobilização da gerência da UC, da URFBio Jequitinhonha e de servidores do IEF de outros locais. “É efetivamente um trabalho de equipe e não há um protagonismo no processo, uma vez que todos colaboraram de forma complementar”, destacou o analista ambiental.

 

O PARQUE

 
Foto: Evandro Rodney  

parque rio preto

O Parque Estadual do Rio Preto é formado por belas trilhas, piscinas naturais, cachoeiras e vários mirantes

 

Em 1991, o Rio Preto foi declarado “Rio de Preservação Permanente” pelo IEF, concretizando o interesse da comunidade de São Gonçalo do Rio Preto. Esta ação culminou na necessidade de proteger sua nascente. Dois anos depois foi sancionada a lei que autorizou a criação do Parque Estadual do Rio Preto com o objetivo principal de proteger as nascentes do rio Preto.

 

Geograficamente, está inserido no complexo da Serra do Espinhaço, região alta do Vale do Jequitinhonha e suas formações geológicas são características deste sistema, com presença de diversos afloramentos rochosos. Como consequência disso tem como principais destaques: a beleza cênica de suas paisagens, marcadas por imensos afloramentos rochosos; as inúmeras cachoeiras e piscinas naturais, como a Cachoeira dos Crioulos e a Cachoeira da Sempre-Viva; e, ainda, grande importância na proteção de nascentes da bacia do rio Jequitinhonha e de diversas espécies de fauna ameaçadas.

 

Wilma Gomes
Ascom/Sisema

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