Força-Tarefa previncêndio faz última reunião de balanço das ações

Sex, 08 de Novembro de 2019 18:37

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Foto: Divulgação IEF

Reunião Força Tarefa 2 Dentro

Força Tarefa Previncêndio apresentou resultados na última reunião de alinhamento do ano de 2019

 

A Força Tarefa Previncêndio, programa de combate a incêndios florestais coordenado pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF), teve sua última reunião de discussão e alinhamento de ações de 2019. No encontro de balanço, realizado nesta quinta-feira (7/11), na Cidade Administrativa, o grupo apresentou dados parciais de atendimentos e ocorrências de incêndio em unidades de conservação de Minas.


Os números apurados mostram que, até o momento, apesar de o total de ocorrências de incêndios florestais ter sido relativamente maior em 2019, no entorno e no interior das unidades de conservação (em relação à média anual histórica), a área queimada foi expressivamente menor em relação à mesma média. Houve redução de 65% nas áreas internas e de 33% no entorno das reservas ambientais gerenciadas pelo IEF em Minas Gerais. O IEF e os demais órgãos que integram a Força-Tarefa, o que inclui o Corpo de Bombeiros, permanecem com a apuração de boletins para fechamento do balanço final.


Ainda de acordo com o relatório apresentado pelo Previncêndio, durante o mês de setembro foi registrado o maior número de incêndios florestais nas unidades de conservação estaduais, totalizando 247 ocorrências; seguindo do mês de outubro, com 203 ocorrências. Ambos os meses estão dentro do período crítico de incêndios florestais que vai de junho a novembro, caracterizado pelo clima seco e baixa incidência de chuvas.

 

De acordo com o gerente de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais do IEF, Rodrigo Belo, o balanço final das ocorrências de incêndio e área afetada em 2019 deverá ser apresentado no início de dezembro. “Ainda estamos recebendo relatórios de ocorrências de incêndios nos parques e a tendência é que este número aumente um pouco até o final do ano. Priorizamos o combate aos focos e, apenas depois de debelados os incêndios, realizamos a aferição da área atingida”, ressaltou.

 

O gerente afirma ainda que as regiões Norte, Alto e Médio São Francisco apresentaram um número de ocorrências inferior ao normalmente registrado. No entanto, as regiões Centro-Sul e Leste do estado foram marcadas por uma incidência maior de focos de incêndio, o que, segundo ele, contribuiu para o aumento do número de ocorrências registradas durante o ano. “A região do Vale do Rio Doce como um todo foi especialmente afetada esse ano, não apenas no perímetro do Parque Estadual do Rio Doce, mas em todo o território, devido ao prolongado período seco registrado na região”, lembrou.

Para o diretor de Unidades de Conservação do IEF, Cláudio Castro, a diminuição da área afetada por incêndios registrada em 2019 deve-se, em grande parte, à significativa redução do tempo de resposta às ocorrências, compreendido entre o momento exato de identificação do foco de incêndio até o início das ações de combate.

“Para se ter uma ideia, no dia 4 de novembro registramos um incêndio no Parque Estadual Serra do Rola Moça, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A funcionária do parque identificou o foco e informou aos brigadistas às 14:17h e o combate teve início às 14:25h; às 15:53h, do mesmo dia, o incêndio foi considerado debelado. Ou seja, o tempo de resposta foi de oito minutos e a contenção se deu em menos de duas horas” exemplificou o diretor.

 

Outro fator que contribuiu para a diminuição da área queimada, segundo Cláudio, foi o aumento do número de brigadistas contratados pelo IEF. Em 2019 foram 278 brigadistas, um aumento de 25% em relação ao ano anterior.

 

Segundo o diretor-geral do IEF, Antônio Malard, em 2020, grande parte dos esforços do Instituto estarão concentrados nas medidas de prevenção. “Pretendemos ampliar o número e a atuação dos brigadistas fora do período crítico, aumentar as ações de manejo integrado do fogo e uso de aeronaves de lançamento de água. Nossa expectativa é diminuir ainda mais a área afetada por queimadas nas unidades de conservação do estado” afirma.

 

Previncêndio

 

O Programa de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais, denominado Força Tarefa Previncêndio (FTP), foi criado através do Decreto nº 44.043, de 09 de junho de 2005, em atendimento ao disposto na Lei nº 10.312, de 12 de novembro de 1990, sendo  posteriormente reeditado pelo Decreto Estadual nº 45.960, de 02 de maio de 2012, para desenvolver as atividades de prevenção e combate a Incêndios Florestais nas unidades de conservação sob responsabilidade do Estado, nas áreas de relevante interesse ecológico ou em áreas florestais que coloquem em risco a segurança das pessoas, o meio ambiente e o patrimônio da comunidade mineira.

 

Desde a sua criação, a FTP vem trabalhando de forma inovadora na busca de novas tecnologias e no envolvimento de novos parceiros, além da ampliação de sua capacidade de resposta, através da contratação anual de brigadistas temporários para as unidades de conservação estaduais em Minas Gerais e nas unidades operacionais.

 

Além do IEF, integram também a Força Tarefa Previncêndio o Instituto Chico Mendo de Biodiversidade (ICMBio), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec), o Corpo de Bombeiros Militas de Minas Gerais (CBMMG) e a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG).

 

Edwaldo Cabidelli
Ascom/Sisema