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Instituto Estadual de Florestas - IEF

Cachorro-do-Mato-Vinagre é avistado em Minas após 167 anos

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Um grupo de cachorros-do-mato-vinagre, ou ‘Janauiras' foi avistado por técnicos do Instituto Estadual de Florestas (IEF) no Parque Estadual Veredas do Peruaçu, no norte do Estado. O Speothos venaticus não era observado em Minas Gerais desde 1840 e em, 1995, foi oficialmente considerado como "provavelmente extinto".

A descoberta foi feita pelo diretor de Biodiversidade do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Célio Murilo Carvalho Valle e pelo gerente da unidade de conservação, João Roberto Barbosa de Oliveira. No dia 22 de março de 2007, eles realizavam, com uma equipe de técnicos e guardas parques do IEF, uma vistoria de rotina na área da unidade de conservação quando um grupo de seis animais passou correndo em frente aos observadores.

 

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Segundo Célio Valle, os animais foram vistos próximos à cidade de Cônego Marinho, "cheios de vida e caçando na borda dos Chapadões". "Ficamos atônitos e, pelo inesperado de sua aparição não foi possível fotografá-los, mas foram documentados seus rastros deixados na areia da estrada como assinaturas de sua presença ou passagem", afirma Célio Valle.

O diretor do IEF explica que o cachorro-do-mato-vinagre está em processo de extinção por causa das queimadas, do desflorestamento e da ação humana. A lista das espécies ameaçadas de extinção da fauna do estado de Minas Gerais, publicada em 1995, inclui 178 espécies. Atualmente, a relação está sendo revista por uma equipe de trabalho formada por diversos representantes de Universidades do Estado, Fundação Biodiversitas e IEF.

Speothos venaticus
Este raro e misterioso animal foi registrado cientificamente pela primeira e última vez em Minas Gerais em 1840, nas proximidades de Belo Horizonte, bacia do Rio das Velhas. Na época, foi estudado pelo naturalista dinamarquês Peter Lund que o denominou cientificamente Speothos venaticus. Os índios o chamam de cachorro-do-mato-vinagre, como janauira.

Este carnívoro de hábitos diurnos é o menor dos cães silvestre do Brasil. Originalmente, distribuía-se por quase toda a América do Sul, desde a fronteira da Colômbia com o Panamá até Santa Catarina. Atualmente, no Brasil, pode ser encontrado em florestas de mata atlântica, como no Parque Estadual Intervales, em São Paulo, em campos úmidos no cerrado, como no Parque Nacional das Emas, em Goiás, e no Pantanal.

O cachorro-do-mato-vinagre é adaptado para viver em regiões alagadas. Seus dedos são ligados por uma membrana, o que o torna um hábil nadador e mergulhador. Pode atingir até 90 centímeros de comprimento desde o focinho até a cauda e 30 centímetros de altura, chegando a pesar até sete quilos.

O Parque Estadual Veredas do Peruaçu, localizado no município de Januária, abriga um complexo de veredas e lagoas. A vegetação do Parque é a Caatinga, o Cerrado e as florestas, geralmente matas ciliares responsáveis pela conservação do curso das águas do Rio Peruaçu. A fauna é rica e diversificada, com destaque para a ocorrência de ‘lobos-guará', ‘antas', ‘onças pardas', ‘tamanduás-bandeira', e ‘jacarés', dentre outros. Há mais de 250 pássaros catalogados no interior do parque, entre eles a ‘maritaca' e o ‘quem-quem'.

Leia artigo de Célio Murilo Carvalho Valle sobre o cachorro-do-mato-vinagre.

10/05/2007
Mais informações:
Diretoria de Biodiversidade do IEF
(31) 3219.5308 ou pelo e-mail
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