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Instituto Estadual de Florestas - IEF

Conselho do Parque Estadual do Sumidouro toma posse

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A posse dos 36 membros do Conselho Consultivo do Parque Estadual do Sumidouro representa um importante passo na gestão participativa da área, uma das mais importantes de Minas Gerais sob os aspectos ambiental e histórico. A solenidade de posse, realizada na Gruta da Lapinha no sábado (15), teve a presença maciça dos conselheiros, suplentes e titulares, além de representantes das comunidades locais. A primeira reunião do Conselho foi agendada para o dia 16 de outubro, às 9h.

O conselheiro José Procópio de Castro, do Projeto Manoelzão, destacou a importância da implantação do Conselho. “A efetiva proteção do Sumidouro permitirá aos moradores um convívio com a natureza e esse trabalho só será possível se houver harmonia nas ações dos setores público, produtivo e a sociedade civil”, afirmou.

Nilza Divina Costa, conselheira e diretora da Escola Estadual Quinta do Sumidouro, observou que é essencial realizar um trabalho de educação ambiental com os moradores da região para que todos percebam a importância do Parque. “O processo de implantação tem de ser conduzido com delicadeza buscando o apoio das pessoas e as apoiando”, disse.

A diretora de Áreas Protegidas do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Aline Tristão Bernardes, informou que serão realizadas audiências públicas na região para esclarecer os moradores sobre a implantação do Parque. Ela observa que o Instituto concluiu o trabalho de verificação dos limites do Parque, o que pode retirar algumas áreas e incluir outras. “Esse trabalho já deve ser apresentado ao Conselho na primeira reunião, bem como o termo de referência para a elaboração do Plano de Manejo da unidade de conservação, que será iniciado ainda em 2007”, assegurou.

Sumidouro

Com o objetivo de preservar o patrimônio natural, cultural, arqueológico e paleontológico existente na região que abriga alguns dos registros mais antigos da presença humana no continente americano, o Parque Estadual do Sumidouro foi criado em 1980 pelo Decreto 20.375. No século 19, o arqueólogo dinamarquês Peter Lund inaugurou os estudos arqueológicos no país e colocou Lagoa Santa no mapa mundial das áreas mais relevantes para a ciência. Um esqueleto descoberto no município na década de 1970, datado de 11,5 mil anos, deu origem ao crânio de “Luzia”, o que provocou uma discussão que alterou as teorias sobre a ocupação do continente.

Na solenidade de sábado último, o gerente do Parque, Rogério Tavares, lembrou que estudos sobre os primórdios da ocupação humana na América continuam sendo desenvolvidos na área da unidade. “Existem indícios da presença do que pode ser o primeiro sítio em campo aberto de paleoíndios do Brasil, grupo de humanos da época da pedra lascada que viviam fora de cavernas”, afirmou. Os estudos estão sendo desenvolvidos por arqueólogos da Universidade de São Paulo (USP), que trabalham na região há cerca de sete anos.

No início de agosto, o Parque Estadual do Sumidouro ganhou uma sede provisória na Casa Fernão Dias, localizada no povoado Quinta do Sumidouro, no município de Pedro Leopoldo. A edificação faz parte do patrimônio histórico da região, tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha/MG) em 1976, e foi cedida por meio de convênio entre a Prefeitura de Pedro Leopoldo com o IEF. Segundo Rogério Tavares, a Casa funcionará como ponto de apoio às atividades de implantação da unidade de conservação.

A implantação do Parque Estadual do Sumidouro ganhou novo impulso em 2006 com a destinação de recursos provenientes da compensação ambiental decorrentes do processo de licenciamento da linha verde, que liga Belo Horizonte ao Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins. Segundo Rogério Tavares, o IEF está realizando o cadastramento e levantamento de documentação dos proprietários que vivem na unidade. “As informações serão enviadas à Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão para cálculo das indenizações para a desapropriação”, informou.

O gerente de Gestão de Áreas Protegidas do IEF, Roberto Alvarenga, explicou que a meta é concluir a implantação do Parque até o final de 2008. “Até o fim de 2007 o IEF irá adquirir 350 hectares e começar as obras de infra-estrutura, que incluem a construção de um centro de visitantes, casa de gerente e a estrutura administrativa”, explicou.

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